Poesias

Inauguro hoje, dia do meu aniversário (pois é, saí da idade louca dos 24 anos, biba), a sessão de poesias onde qualquer um pode participar enviando sua poesia para sneakdan@infoces.com.br.
Para dar o pontapé inicial, segue uma poesia já meio antiga que fiz:

(Sem título)

Eu,assim desavisado, sentado num paralelepípedo qualquer

A cabeça pesada, ombros caídos, o vento passando

E ele passa, num surto o vento que jaz e faz

Não existe! Fruto de minha memória fraca, inexata

Despacha as nuvens enclausuradas em meu ser

Destrói as pregas bestiais de uma vida mal sentida

Colide ás pressas meus desejos com meus prazeres

Desejos assim desejados por muitos, o amor

Prazeres assim furtados, das moças e moços

Que algozes de si mesmos negam e se negam por ai

Num pedaço de muno, estes, dizem nada com nada

De repente, de vez, diz tudo de vez

Prelúdio de uma estrada acidentada cheio de cacos

E agora! Num sorriso obstante de autrora

Eu e você, cercado por eles, em lugar algum

Discutindo o discutível daquilo e daquele

Você e eu constrangimento banal

Vendo o olhar, sentindo-o, como se fosse só teu

Mais teu do que qualquer coisa, refletidos nos meus

Nos meus olhos, que assim como o teu, se desviam

Para canto algum, num mar de nada sobre terra de nada

Numa proporção asmática, eu, humano como sempre

Soluço soluçar seco, tua pele da cor da imensidão

O branco da imensidão que nada transcende

Me traz algo!Como poderia? Como e como?

Deduzo assim aos poucos, que o nada vale bastante

Para que um, mais um como eu, sofra

Sofra e aprenda, que amar só transcende o nada

Para corromper o tudo, de tudo, de todos

Por: Sneakdan